terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Vo(ando)

          Ela tinha certezas em suas mãos, caminhava rumo a 'felicidade' que imaginava sonhar. Mas a vida vai misturando estradas que a gente não entende, apenas segue. E, o amor começou a apertar o laço, e a desenhar no rosto dela um coração que não era o seu, a esperar atitudes que não viriam dela, a desejar que ela se tornasse alguém que ela não era. A moça foi cedendo, um detalhe aqui e outro ali não fariam diferença não é mesmo? É apenas um detalhe, dois, três ... Um dia os 'detalhes' começaram a definir quem ela se tornou ou quem devia ser, ela se olhou no espelho e o reflexo que a olhava friamente, não chegava nem perto de quem ela imaginou um dia ser, então ela teve que tomar uma decisão...
           A moça mergulhou dentro de si a procura de respostas, e viu que aquelas certezas não eram suas, ela viu que odiava certezas, que queria mesmo era a liberdade do voo, ela queria voar. Tentou organizar a casa, percebeu que havia deixado de lado as incertezas que ela amava tanto, as artes, as palavras, a música... Decidiu trocar as certezas dos outros, as expectativas depositadas nela, pelas suas incertezas que estavam empoeiradas num canto do seu quarto: pelo voo. Essa foi a decisão mais difícil que tomou durante seus vinte e poucos anos de vida. Ela levantou e foi... riscou algumas palavras, arrancou umas páginas do diário que falavam sobre sonhos, projetos de um futuro a dois, o plural não existia mais. Ela mudou o guarda roupa, trocou o perfume, tatuou uma frase pra nunca esquecer quem era. Cortou os cabelos, haviam dito que ela precisava mudar. Depois de chorar muitas e muitas lagrimas, enxugou o rosto, levantou a cabeça e viu que realmente precisava mudar, mas não da maneira que pediram, ela precisava mudar pra ser exatamente a pessoa que ela era. E foi isso que ela fez, ela foi lá e mudou, foi lá e cantou, foi lá e voou!

Débora Kelly

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

AGENDA DE NOV / DEZ

Let´s Go...


> 14/11 [14hs] Rádio Nova Aliança (Programa do Pe. Katê)
> 14/11 [17hs] DNJ – Paróquia São Paulo Apóstolo (Guará I)
> 19/11 [22hs] Rádio Maria (Programa Tempo com Maria com J. Renildo)
> 21/11 [19hs] Lual Segue-me (Taguatinga Norte)
> 30/11 [19hs] Aniversário de Ordenação do Pe. Katê  -  Paróquia São João Batista (Taguatinga Norte)

> 20/12 [15hs] Tarde De Louvor E Missa Com Pe. Katê -  Paróquia São João Batista (Taguatinga Norte)

Fotos do Festival Reaviva-me


Click na foto para ampliar
Fotos de https://www.facebook.com/patricia.desousasilva















Obrigado a Deus e a todos.

O nosso coração transborda de gratidão e amor hoje, e queremos que todo esse amor e gratidão volte a todos vocês que torcem conosco por esse sonho!
Ganhamos o I Festival Reaviva-me, realizado pela missão Amigos do Pai, com a canção Minha nova estrada, e também fomos considerados a melhor letra e melhor melodia com a Música Um chamado!
Estamos trabalhando e esperamos que em breve tenhamos nosso primeiro CD para que todos possam escutar essas e outras canções, para semear amor pelo mundo e cantar a paz, junto com a gente!
Obrigada a todos, obrigada Amigos do Pai pela iniciativa e organização impecáveis.


segunda-feira, 5 de outubro de 2015

O que é ser 'gente normal'?

              Tem dias que eu queria ser o que chamam de 'gente normal', conseguir me contentar com pouco, e acalmar o desassossego constante que existe no meu peito... Mas não sou equilibrada o bastante pra ficar no muro, e, quando tento eu sempre caio, e caio com força, de cara no chão, perdendo um ou dois dentes a cada pancada.
              Eu olho pras pessoas e tenho a impressão de que todo mundo, ou pelo menos a maioria esmagadora, quer viver da rotina, quer a calma de um lar, um emprego, assistir televisão aos domingos e se satisfazer com a paz das certezas. Desde cedo, já escolhem a profissão, tem sonhos, projetos e sabem mais ou menos o que querem, ou pelo menos o que não querem da vida.
Já eu, até assusta pensar na confusão que sou... existe em mim um vazio, um bicho, não sei especificar o que é, mas existe esse desassossego que não me permite chegar a conclusão alguma, e que me faz vagar a procura desse ‘algo’ que o preencha.
              E aí encontro a problemática da minha vida: o que é capaz de preencher o que a gente nem sabe o que é?
              Talvez isso esteja confuso demais pra você, e se estiver confuso, fique feliz, e até já pode parar a leitura por aqui, pois você é uma pessoa normal. Mas, se as minhas palavras fizerem sentido, então, precisamos descobrir quais são as perguntas que nortearão a nossa vida, para depois encontrar as respostas e parar de tentar responder perguntas que ainda não existem.
              Na teoria é fácil, por isso eu ainda ando em círculos e apenas observo esse vazio crescer irremediavelmente. Tem dias que penso que gente como nós, amantes das artes, da música, das palavras, nascemos pra viver sozinhos no mundo. Pois por mais que as pessoas tentem nos entender ou amar, elas dificilmente estarão dispostas a acompanhar a loucura que somos, e precisamos reconhecer que é preciso coragem, talvez coragem demais ou muito amor, pra que pessoas normais, ao menos aceitem quem nós somos e quem nós nunca iremos ser.
              Mas e se eu quiser tudo? Eu quero não ter que escolher entre a certeza de assistir televisão aos domingos, ou a leveza de viajar pelo mundo sem rumo. Eu quero as duas coisas! Quero sonhar, mas também quero ter chão, quero cantar e sorrir, mas também quero a calma de um lar, eu quero ser livre presa a um amor tranquilo, capaz de acalmar toda a confusão que sou e que me ajude com punhados de paz a preencher meus vazios.

               Sei que meus vazios só serão preenchidos por mim, mas preciso de alguém normal pra me dar paz, chão. Eu olho para os lados e acho que você responde até mesmo às perguntas que eu ainda não fiz, e eu quero poder ser tudo o que sou. Na verdade, eu só preciso de uma mão pra ajudar a me equilibrar sobre o muro entre o normal e eu, até que eu e o normal sejam a mesma pessoa, até o que o muro não exista.

Débora Kelly

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Festival do Segue-me FEMUS

Foi com muito Amor e Fé que participamos desse lindo festival que nos faz relembrar nossos porquês que estarmos trabalhando nessa obra de Deus. Vêm e Segue-me, uma música já conhecia da Diocese interpretada por nós foi premiada a segunda melhor música do Festival FEMUS. Também tivemos a hora da nossa vocalista levar o troféu de melhor interprete junto com nossa torcida, animadíssima por sinal. Obrigado a todos e a Deus!















quarta-feira, 5 de agosto de 2015

O que te faz infinito?

Acredito que todos têm uma missão em comum: a de amar e espalhar amor pelo mundo. Cumprir essa missão nos realiza. A forma que encontrei de cumpri-la foi cantando: cantar faz com que eu acredite em todas as coisas boas da vida, faz com que eu pense que de, alguma forma, somos capazes de mudar o mundo e o estamos melhorando através da música, mesmo que esse “mundo” seja apenas o meu, e o de quem me ama. Para mim já é o bastante, já é suficiente alcançar o mundo de alguém. A música é magia, é a realização dos sonhos mais irrealizáveis, é sal e luz, é vida. E enquanto se canta, pode-se ser quem você quiser ser, e chegar onde você sempre sonhou.
 A música ecoa e nos torna infinitos. E são esses instantes, em que nos tornamos infinitos, que fazem todas as lutas valerem a pena, todos os ensaios, os pesos, apertos, as quedas, tropeços e desencontros: fazem a vida ganhar sentido, e nos dão sentido de ser e estar.
Nesses instantes de infinitude, os quais a música me proporciona, consigo sentir a minha missão, em função do amor, sendo cumprida e, por isso, ouso afirmar que todo mundo tem, ou pelo menos deveria ter, uma coisa onde se sinta infinito e é a partir disso que espalharemos o nosso amor pelo mundo, pois o nosso ponto de infinitude mostra a cor da nossa essência. Se você ainda não encontrou nada que o estenda, e o ligue ao infinito, corra e descubra, se descubra e o faça de propósito.
Percebo a mistura de dons e essências ao observar os amigos que tenho, pessoas com as quais Deus me presenteou e que me ensinam a ser alguém menos pior durante essa jornada. Meus amigos me ensinam o quanto é bom conhecer o outro, amar, aprender a ver a vida, e também a minha vida, através de outros olhos, enxergar o que sozinha eu jamais conseguiria ver. Através do infinito particular de cada um existe uma imensidão de possibilidades: uns nasceram para escrever, outros preferem a oratória, já outros tem o dom a “escutatória”, como diria Rubem Alves. Alguns distribuem amor com o sorriso ou um abraço, alguns nasceram para nos fazer sorrir, outros têm a arte no corpo. Tem, até, gente que acha que não nasceu para nada, mas que, sem imaginar, faz toda a diferença no mundo pelo seu jeito de olhar com esperança para estrada e registrar essa esperança

. Da mesma forma que ninguém possui todos os dons, ninguém nada tem. Todos temos uma missão que nos leva ao amor e não devemos desistir dela. Às vezes pausas são necessárias, junto de lágrimas nos ombros dos nossos para regar as vitórias que virão na busca de encontrar esse algo que nos fará infinitos, nos fará amor. Talvez eu já tenha encontrado meu infinito particular, o meu ponto de partida que, por ser infinito, jamais faltará o que buscar. E, todas as vezes em que eu canto e posso olhar para o infinito que é o céu, o faço e esse olhar estende-se infinitamente e transforma-se em oração (ou uma canção) que se repete todas as vezes em que eu penso em desistir, em que eu digo pra mim mesma e pra você também: não desista, sorria e acredite, o melhor sempre está por vir! 

Débora Kelly

quarta-feira, 13 de maio de 2015

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Próximo evento



No Valparaíso no Colégio CEBAM.
Nossa apresentação será à partir das 19hs.
Muitas novidades para vcs! 
Venderemos nossas camisas no local.
Nos encontraremos lá...


segunda-feira, 23 de março de 2015

Sobre medos, coragem e incertezas

Eu tenho medo de esquecer o rosto das pessoas que amo, de esquecer como elas são. De passar tanto tempo longe que eu não consiga me recordar de como é o timbre, o toque, o jeito. Esquecer os vícios de linguagem, o jeito de olhar e de me fazer ver graça na vida.
Tenho medo de investir meu tempo errado, de correr pra alcançar o mundo e deixar o meu mundo esquecido, me arrependo sempre do amor que não dou, dos abraços que perco por conta da incompatibilidade de agendas, das palavras que a distância silencia.
Talvez eu seja romântica demais, e confesso, sou mesmo e não me envergonho de ser. Não perco meu tempo pensando no que os outros vão achar dos meus clichês e das declarações de amor que faço, não perco meu tempo tentando fugir de quem eu sou e do amor que meu coração carrega, ansioso por distribuir a você, e ao mundo, pois mesmo que seja por meio das palavras ou das canções, você vai perceber o meu amor por aí.
Cada pessoa oferece o que tem, o que carrega, cada um oferece o que é. E eu felizmente fui criada com um amor tão simples e genuíno que não consigo oferecer outra coisa ao mundo, não sou de retribuir com maldade a quem me causa mal, nem de revidar ofensas, não consigo me adequar as falsidades de meio sorrisos e nem a tapinhas nas costas.
Na verdade eu não entendo o porquê a gente perde tempo com a frieza do desamor, enquanto tem tanta gente precisando de abraços quentinhos –Olaf -. Não entra na minha cabeça qual prazer existe em falar mal de quem a gente não conhece, em desfigurar a imagem do outro a custa de nada. Além de perder tempo, causar dissabor ao outro, a gente ainda demonstra ser alguém pequeno por precisar diminuir alguém para se sentir melhor, ou se sentir engraçado.
Eu vou continuar mergulhando nas pessoas, nas relações, porque eu não vejo beleza em amores pequenos, em ser meio amiga. Talvez o problema seja comigo, e eu veja a vida pelo avesso querendo chegar ao coração de todos os que se aproximam, talvez o correto seja seguir sem se entrelaçar, simplificando o caminho e diminuindo o sofrer e as responsabilidades que vem junto com o amor, talvez... Mas eu não gosto das coisas simples, não quero viver com pouco amor na vida, não quero viver pela metade, eu vou correr o risco de me jogar de cabeça, de abrir o coração, quero oferecer palavras, sorrisos e canções. Quero dividir o amor que tenho, o amor que sou e semear o amor pelo mundo, pois enquanto houver amor, há razões para todas as lutas da vida, há paz para sossegar o coração, e coragem para seguir caminhando.
Débora Kelly

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Entrevista na Nova Aliança

Sábado estaremos participando do programa do Róger Naves Nova Aliança Jovem à partir das 14hs.
Acompalhem sintonizando a rádio Nova Aliança FM 103,3 ou acesse http://novaalianca.org.br/novo

Paz e Sound!


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Felicidade requer fidelidade

Pouca experiência tenho na vida, mas já vivi o suficiente para sentir e saber que devemos dar valor ao amor e às pessoas que valem a pena. Com essa pouca experiência, aprendi uma vida de coisas. Aprendi que o amor é, definitivamente, o que mais importa e traz consigo uma boa dose de sofrimento: causa e efeito. Mas vale a pena secar o choro, limpar a poeira da queda, ou quedas, e seguir, sabe porquê? Porque dá para tirar coisas boas de todas as coisas ruins que possam acontecer, tudo é aprendizado. O que vale é o que você faz com o que acontece, é aquela história dos limões: faça limonada com o sofrimento que a vida te der.
Mesmo podendo – e devendo- aproveitar todas as pedrinhas, e pedradas, que a vida nos dá, chega um momento que uma escolhe deve ser feita. A escolha te guia para a felicidade que é sintetizada em encontrar o seu lugar no mundo e cumprir a sua missão, feita sob medida para você. E eis o segredo aqui revelado: para construir a realidade de um “mundo melhor” os chamados e a missões precisam ser atendidos.
Felicidade requer fidelidade! Com Deus, com você e com o outro. Não há felicidade plena se é omitido um chamado de Deus. Não dá pra ser feliz fugindo da sua verdade. Não existe felicidade em negar a sua própria identidade.


segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Parar para conquistar



O tempo passa rápido demais e mergulhados no turbilhão que é a modernidade, acabamos sendo confundidos pela efemeridade que permeia tudo o que nos cerca. E nessa confusão, passamos a perder o que temos de mais precioso, e a dar importância ao que não merece.
Esses dias eu ouvi palavras sábias que me alertaram ao perigo da perda de tempo, e me recordaram que o que Deus quer de nós é que sejamos felizes. Passei a reparar na bagagem que carregamos e nos excessos que eu arrastava na caminhada, e parei.
Percebi que temos que fazer escolhas diariamente, que existem pessoas que por mais que queiramos perto, já desceram uma ou duas estações atrás, e vi que eu, tola, insistentemente ainda carregava as bagagens que essa pessoa deixou pra trás. Vi que eu numa procura pela 'felicidade' fui vivendo a felicidade dos outros, e acabei percebendo que quem me olha no espelho é alguém diferente de mim.
Parei para olhar o meu coração e me assustei com a bagunça, as feridas abertas, o lixo acumulado das palavras e mágoas sufocadas no travesseiro.
Fiquei assustada quando parei de perder tempo e comecei a olhar pra mim, e resolvi colocar a casa em ordem. Levei um tempo para conseguir separar o que merecia lugar na minha mala e o que já não mais cabia. Aprendi a me libertar, colocar o excesso no cantinho das recordações, junto com cartas, bilhetes e fotos, entendi que não preciso arrastar ninguém e muito menos realizar o sonho dos outros esquecendo qual o meu chamado.
Parar foi um exercício doloroso, mas me mostrou que na verdade eu não caminhava pra frente, eu me arrastava em círculos tentando levar tudo e todos comigo, e perdia tempo.
Com essa pausa na caminhada descobri que o amor é liberdade, que eu fui feita para a felicidade. Lembrei que alguém pagou com um preço incalculável para que eu fosse totalmente livre e feliz, e que eu merecia me amar, já que alguém morreu de amor por mim numa cruz um dia.
Tracei novos rumos, fechei os olhos, respirei fundo, ergui a cabeça e voltei a caminhar.